
Será hoje, o espetáculo justo, oportuno e memorável, da pantomima cívica. Puxão de orelhas e lição para açodados e baderneiros. O novo panteão das liberdades democráticas será inaugurado no Salão Negro do Congresso, que receberá centenas de democratas e patriotas. O povão não foi convidado. Assistirá tudo por telões. O Brasil e o mundo estarão atentos para os marcantes discursos. Difícil prevê qual será o mais emocionante. Como 2024 é ano de eleições, todos enfatizarão que não se bate na democracia nem com uma flor. Os 3 poderes da República existem, pelo menos no papel, para defender os legítimos interesses da coletividade. O 8 de janeiro de 2023 fechou as feridas. O implacável xerife Alexandre de Moraes penalizou acusados com condenações avaliadas exageradas por juristas. Outras ganharam penas suaves, premiadas com tornozeleiras. Outra turba, mais felizarda, mereceu grãos de bondade do coração do ministro da Suprema Corte. Estão livres, leves e soltos, como cantam os versos do imortal Gilberto Gil.
Foto EBC