Após alguns adiamentos, finalmente a Marvel presenteou os fãs com mais uma temporada de What If. Às vésperas do natal, a série que pondera inúmeras possibilidades para os heróis dos quadrinhos e filmes, chegou trazendo mais aventuras no mesmo nível dos primeiros episódios apresentados em 2021. Sem se levar a sério, como a maioria dos longas que introduziram tantos personagens, essa nova leva de capítulos segue agregando valor com histórias intimistas e muito empolgantes. De longe, se trata de um dos melhores títulos do Disney +.
A premissa do tão falado multiverso, continua como o ponto de relação entre as tramas reimaginadas nessa animação que pode fazer mais pelos filmes do que parece. A correlação dos inúmeros longas lançados até aqui e dos tantos outros já anunciados, criaram uma exigência aos fãs de ver tudo. É “proibido” não entender todas as referências no clímax ao fim de uma nova fase. A quarta parte do bloco de seriados e produções para o cinema terminará em mais um filme dos Vingadores. Dois, na verdade, como já aconteceu antes. Com isso, os arcos individuais de muitos heróis, facilmente perdem relevância. Isso se dá diante da necessidade de se fazer mais uma porção para um último capítulo que irá dispor todos juntos em cena contra o antagonista da vez. Por mais bacanas que sejam esses chamados crossovers, é cada vez mais perceptível a intenção de se equilibrar a trama de um filme com o de uma outra produção futura. Ao final, se pensa mais sobre o que está por vir, do que sobre o que acabou de se ver.
What If apresenta soluções. Apostando em histórias como a da Capitã Carter, o grande amor de Steve Rogers. A agente que em seu universo, recebeu o super soro e passou a empunhar o escudo, no lugar do famoso herói. Ou em Nebula, filha de Thanos, irmã de Gamora e uma personagem que não cansa de surpreender a cada novo mundo onde é realocada. São exemplos de possíveis versões a se investir, dando chance de trabalhar múltiplos arcos que podem colidir num filme que fecha uma dessas chamadas fases. Isso tira dessas produções cinematográficas, a responsabilidade de preparar terreno para um grand finale.
Por hora, Marvel Zombies, baseado em um dos episódios mais divertidos da série, é o único derivado anunciado que segue confirmado, mas sem data prevista.
Muitos dos atores que deram vida a esses tipos, retornaram para dar voz às suas variantes. Hayley Atwell, Karen Gillan, Chris Hemsworth, estão entre os que regressaram em diversas histórias. Se juntando a coadjuvantes que assumem a frente, em roteiros criativos que flertam com clássicos do cinema (especialmente de natal) e da literatura. Para essa segunda temporada, uma personagem criada especialmente para o universo cinematográfico da Marvel, é apresentada em um dos mais belos episódios lançados até aqui. Com a narração de Jeffrey Wright o The Watcher, esse novo compilado cruza mundos fantásticos nos mais variados cenários, lembrando sempre, que algumas das forças mais poderosas da Terra, vem do além. É impossível não assistir a série e ponderar: E se mais capítulos e derivados fossem lançados ao longo do ano ao invés de frustrantes séries em live action?
