
Nem só de notas amargas, debochadas, ameaçadoras ou deselegantes, vive a formidável mídia brasileira. Volta e meia, o leitor observador pouquinha coisa mais do que os outros, muda a página do bom jornal impresso e descobre uma nota chinesa. Doce e cordial. Que encanta o leitor pela fidalguia e bom humor. O noticiário realmente clama por notícias específicas. A boa “Coluna do Estadão”, do dia primeiro de abril deliciou o leitor com o diálogo entre os ministros do STF, Luiz Roberto Barroso e André Mendonça. O presidente da Suprema Corte entrou sério(sigo relatando a nota) na antessala do plenário e disse que gostaria de enviar o ministro Mendonça para uma missão institucional. Mendonça, sabidamente “terrivelmente evangélico”, mudou-se e escolheu Barrosso: “Gostaria de te designar para me representar na Parada Gay de São Paulo”. Mendonça não se fez de rogado e entrou na brincadeira: “Eu vou, presidente, mas o senhor terá que ir na Marcha para Jesus no meu lugar”. A cena cativante terminou com a boa gargalhada de Barroso, que havia acabado de receber um convite para a abertura do evento, que será em junho. Caso o elegante Barroso confirme presença, a Avenida Paulista vai vibrar.