
Após mais de trinta anos da morte de Ayrton Senna, sua vida, especialmente os últimos anos, permanece no imaginário coletivo, até mesmo entre aqueles que nunca o viram nas pistas. A lenda do tricampeão só cresce com o passar do tempo, e produções audiovisuais sobre sua intimidade e os bastidores das corridas continuam despertando o interesse dos fãs. Senna foi um verdadeiro superstar do esporte. O que fazia antes e depois de entrar no cockpit rendia capas de revistas e incontáveis páginas em publicações por todo o país. Seu trágico falecimento, em maio de 1994, chocou o mundo e ampliou o culto a um dos maiores nomes da história do automobilismo. Entre as pessoas que estavam à sua volta naquela época, uma figura se destacou, não apenas por sua relação com o piloto, mas também por sua capacidade de se reinventar a partir de um luto que, de certa forma, perdura até hoje. Adriane Galisteu tornou-se uma presença constante nos noticiários nacionais nos anos 1990. Insinuações sobre seu relacionamento com Ayrton e a cobertura sobre como foi tratada pela família dele foram pautas recorrentes logo após o sepultamento do ídolo. Falou-se bastante sobre o namoro dos dois, mas pouco se ouviu pelas palavras dela.
Em Meu Ayrton, por Adriane Galisteu (HBO Max), muito mais sobre Senna vem à tona, somando-se a tudo o que já foi contado até aqui. Dividido em duas partes, o documentário reúne relatos de pessoas que conviveram com o casal durante o ano e meio em que estiveram juntos, e reforça o quanto foram importantes um para o outro, apesar da tentativa de alguns de apagar o que viveram.
Esta não é a história de Ayrton. É a história de Adriane com Ayrton: como se conheceram e o que representaram um para o outro, pela perspectiva dela. Em suas impressões, Galisteu rememora o breve, porém intenso relacionamento com uma das figuras mais icônicas do esporte mundial. E admite o quanto é doloroso revisitar memórias e cenas pessoais ao remexer na caixa de lembranças onde tentou guardar aquela época.






