
Muito tem se falado em sustentabilidade. E a moda abraça essa ideia com os brechós como agentes de transformação, ganhando força no mercado e com divulgação nas redes sociais.
Duas iniciativas de desapego e ao mesmo tempo de oportunidade de compras são da grife Animale e do brechó Faz Girar. Cada qual com sua estratégia, o objetivo é dar nova vida a peças que já tiveram seus momentos, suas histórias e vivências.
O movimento second hand faz parte do mundo mais conectado que utiliza a roupa, prolongando o seu tempo de uso. E isso é sustentabilidade!
A Animale criou o movimento Animale Vintage 2022, um “recycle street” que aceita peças de coleções antigas e de outras marcas, em perfeito estado de conservação. Quem doa as peças, ganha um cupom com descontos que chegam a 40% para utilizar na compra de um look atual.
As peças doadas serão revendidas nos dias 26 e 27 de outubro nas lojas da marca – no Rio de Janeiro, no Village Mall: em São Paulo, na Rua Oscar Freire e em Brasília no Lago Sul.
Parte das peças doadas seguem para a reciclagem e serão encaminhadas ao Núcleo de Corte e Costura do Instituto Dona de Si, no Morro dos Prazeres, no Rio de Janeiro.
O Faz Girar, de Paula Maia, começou como feira de segunda mão em 2019 e foi crescendo até chegar a uma loja no mezanino de um edifício na Av. Copacabana, 828.
Há um ano e meio, foi criado o Clube de Trocas dentro do Faz Girar. Na primeira troca, a pessoa se torna um “sócio” – não há uma mensalidade, mas sim uma taxa por troca. As peças a serem trocadas são qualificadas em cinco níveis – sendo dois níveis para o mercado de luxo. Cada peça é analisada e para cada nível ganha uma etiqueta colorida. Podem ser desde peças que estão cansadas”, com descosturas, que foram muito usadas, ou as de melhor corte, melhor caimento, boas marcas e até chegar ao nível especial, de mercado de luxo e relíquias vintage. No momento da troca, ela é feita pela etiqueta equivalente e paga uma taxa também de acordo com o nível da peça.
Esse negócio é, para Paula, a oportunidade para quem tem o desejo de repensar no consumo consciente em relação à moda. É uma prática sustentável que ultrapassa as roupas – chegando a móveis e objetos de decoração, além de livros e discos.
Paula lembra que no ponto de vista econômico, é um aspecto de geração de renda fazendo negócios com a venda e troca de produtos em geral.
Outra iniciativa sustentável é o Projeto Bises (Be In Someone Else’s Shoes) que tem um foco especial – roupas para estagiários e advogados no início de carreira. A ideia é arrecadar, através de doações, roupas a acessórios e oferecer looks aos novos profissionais da OAB/RJ que necessitem estar bem-vestidos nos Fóruns e escritórios de advocacia.
O Bises é um projeto da Comissão do Direito da Moda (CDMD) da OAB/RJ e está em fase de arrecadação das doações e logo terá um local para a construção da imagem profissional dos advogados com a ajuda de personal stylists.
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