
Sacripantas engravatados aprovaram, na Câmara Federal, colossal patuscada contra o orçamento do Sesc e do Senac . O inconsequente absurdo inconstitucional seguramente será analisado pelo senado de forma isenta e republicana, sem o açodamento injustificável da Câmara Federal. Caso sejam mantidos aos artigos 11 e 12 do famigerado e indecente projeto, que desviam 5% dos recursos do Sesc e do Senac, para a Embratur, existe o risco real de fechamento de unidades, desemprego e redução da qualidade reconhecida há 77 anos pelos trabalhadores brasileiros. Nesse sentido, segundo o presidente da CNC, José Roberto Tadros, “a promoção do Brasil, no exterior, não pode ocorrer em detrimento dos interesses dos trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo e das demandas sociais e educacionais do povo brasileiro”. O Supremo Tribunal Federal(STF), por sua vez, atestou que os valores destinados ao Sesc e ao Senac não são recursos públicos e, portanto, devem ser utilizados exclusivamente para o fim que está estabelecido na Constituição. Os números falam por si só. A redução do orçamento pode acarretar o encerramento das atividades do Sesc e do Senac em mais de 100 cidades brasileiras. Seriam fechadas 36 unidades do Sesc, com corte de 1.994 mil empregos e deixariam de ser investidos 121 milhões de reais em investimentos gratuitos. Também haveria diminuição de 2.6 milhões de toneladas de alimentos distribuidos por programas como o premiado internacionalmente Mesa Brasil Sesc. Suspensão de 2,6 mil exames de saúde e de 37 mil atendimentos em atividades físicas e recreativas. Também haveria o corte de 2 mil apresentações culturais com público estimado em 14 milhões de pessoas.