Essa semana fui conversar com o carioca, com formação em arquitetura, que teve sua carreira marcada por sua atuação em interiores, desenho de móveis e esculturas. Com uma abordagem única, Romildo Silva Filho utiliza uma variedade de materiais em suas obras, incluindo madeira, ferro, plástico, cerâmica e, mais recentemente, acrílico. A essência do trabalho de Romildo é uma fusão harmoniosa entre geometria, escultura e arquitetura. Suas esculturas remetem à utopia presente na arquitetura, onde a função principal é surpreender e encantar aqueles que experienciam suas criações. Ao longo de sua carreira, ele teve a oportunidade de participar de diversas exposições renomadas, incluindo o Studio Babilônia, o Museu da Casa Brasileira, a Galeria Nara Roesler e a Galeria Modernistas. Sua presença em exposições coletivas, como as realizadas na Galeria Modernistas e na Fábrica Bhering, demonstra o reconhecimento e a valorização de seu trabalho no cenário artístico contemporâneo. Com um estilo único e inovador, a obra de Romildo Silva Filho transcende as fronteiras entre arte, geometria e arquitetura, deixando um legado significativo na interseção desses universos. Condira!
JP – Olá Romildo! Você poderia nos apresentar quais novidades que se fazem presentes na exposição “ROMILDO”?
Para mim o ponto alto desta exposição está na minha pesquisa que tem uma abstração geométrica como vetor e como eu me expresso em cada materialidade.
Acrílico, madeira, aço carbono e cerâmica são materiais em que cada um tem suas características para isso.
JP – Quais são as características do seu fazer artístico?
Com a formação em arquitetura e ela sempre foi uma paixão, cada trabalho me remete a uma construção. São prédios, praças e cidades em uma escala utópica.
Nessa exposição eu mostro como eu experimento esses 4 materiais dando forma ao meu pensamento artístico e se alguém diz que os materiais são diferentes, mas os trabalhos são de uma mesma pessoa, esse é o meu troféu !
JP – Como se deu a sua formação como artista ?
Desde muito cedo, lá na adolescência eu já fazia uns trabalhos com madeira, plástico, gesso, até latas de alimentos que eu abria e soldava. Por causa disso fiz arquitetura. Trabalhei bastante como arquiteto e designer de produtos. Esse sonho eu considero realizado porque tenho muito orgulho do que produzi. Foi maravilhoso. Há 8 anos estou focado apenas nas artes visuais.
JP – Quais são as suas referências (teóricas e práticas ) no campo das artes ?
Minhas referências teóricas vêm da arquitetura. Walter Gropius na Bauhaus foi um grande mestre e ele falava da influência que os espaços, formas e núcleos exercem sobre as pessoas. Esse é um deles. Tenho vários.
Referências práticas eu cito Ascânio, Tenreiro e Frans Weissmann.
JP – Como você define as artes?
O desejo de se comunicar, de transformar, de alcançar alguém.
Isso é um pedacinho bem pequenininho do que pode ser arte porque o olhar nosso de cada dia pode perceber arte em tudo ou quase tudo.
JP – Qual é o lugar do artista na sociedade?
Aquele que acredita que vai encontrar uma agulha no palheiro.
Sério!
Acho que o artista, daquela área, é um contador de sonhos.
JP – Como você se relaciona com arte e arquitetura?
Veja meu trabalho bastante atualizado. Às vezes me sinto executando maquetes de prédios, praças e cidades. Sou um apaixonado por arte e arquitetura e isso me acompanha todo o tempo. Ao som de muitas músicas.
JP – Quais são os seus projetos para o futuro?
Vou morar também em Miami a partir de setembro e quero produzir bastante em 2 lugares.